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Mudanças na Gestão Contábil e dos Riscos em 2010

O ano de 2010 chega trazendo esperanças, orçamentos maiores, previsões de crescimento.

Autor: Marcos AssiFonte: FinancialWeb
O ano de 2010 começa em clima de otimismo na área econômica, e o País, que fechou o ano de 2009 com desempenho recorde na Bovespa, tende a se firmar como destino preferencial dos investimentos internacionais. É nesse clima positivo que as empresas se preparam para adotar as normas contábeis internacionais (International Financial Report Standard, conhecidas pela sigla IFRS).
 
Para as companhias de grande porte, as mudanças não causam preocupações. Afinal, muitas delas já conhecem bem o IFRS, pois seguem as normas globais em vários países nos quais mantêm negócios.
 
Mas, para as empresas brasileiras como um todo, seria melhor que mudanças já estivessem ocorrendo no cerne da cultura operacional, não apenas no que se refere à adoção do IFRS, mas também em relação à Governança Corporativa, aos Controles Internos, à Gestão de Continuidade de Negócios, à Governança de TI (Tecnologia da Informação) e à administração dos Riscos Financeiros e Operacionais.
 
O fato, porém, é que apenas 13% das empresas dispõem hoje de uma gestão de riscos realmente eficaz. Esse fato foi constatado em uma pesquisa realizada pela consultoria Ernst & Young, que verificou severas lacunas nas áreas mencionadas.
 
A ausência de planos eficazes para amenizar crises e lidar com contratempos acaba levando muitos empreendedores a enfrentarem perdas e maus resultados que seriam facilmente evitados se os gestores tivessem um melhor conhecimento do próprio negócio e do mercado como um todo.
 
Agora, porém, é hora de realizar adequações, de buscar conhecimento e de identificar profissionais qualificados, que possam prover suporte às empresas e contribuir, de maneira efetiva, para a manutenção e o crescimento do negócio.
 
Muito se fala sobre gestão de riscos e controles internos. Mas os fatos do dia-a-dia, bem como as informações veiculadas pela mídia, demonstram claramente que ainda temos muito a aprender e aprimorar. Não podemos nos transformar em reféns das crises mundiais, dos apagões e de tantos outros fatores que servem de desculpa para nossa dificuldade em identificar, mensurar e gerir riscos.
 
O ano de 2010 chega trazendo esperanças, orçamentos maiores, previsões de crescimento. Tudo isso é ótimo. Mas nada substitui a importância de uma maior conscientização por parte dos empresários e dos gestores, da opção pela excelência, do empenho em conquistar certificações internacionais e de ter pessoas e meios capazes de colocar cada atividade realizada no seu mais elevado patamar.
 
Precisamos atuar imediatamente, ou continuaremos reféns de problemas antigos. A busca pelo conhecimento e pelo aperfeiçoamento constante são os meios mais eficazes para construir um Brasil mais próspero e competitivo. O desafio é nosso. A vitória também será!