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Planejamento de carreira
Mais uma vez, mudança de paradigma.
Mais uma vez, mudança de paradigma.
Se antes as pessoas faziam carreiras – longas carreiras - nas empresas, atualmente se permitem duas ou mais vivências em diferentes organizações. Se antes a escolha da profissão era para toda vida hoje, mudar de área, de ramo de negócio e até mesmo recomeçar uma nova profissão, já não é tão inimaginável, aliás, tem se tornado bastante comum.
Isso acontece em diferentes situações. Parece muito natural desejar novas experiências, buscar oportunidades de crescimento e carreira em outras organizações , cidades e países diferentes, e por que não recomeçar em outra área de trabalho, realizando atividades que eram sonhos que não puderam ser concretizados? Agora podem!
Numa fase de mudança, é comum surgirem dúvidas (e um certo medo) em relação ao novo, ou seja, por onde começar, quais competências adquirir, quais as melhores oportunidades , como conseguir informações, entre outras.
As transições podem ocorrer também por força das circunstâncias, como uma demissão, fusão ou fechamento da empresa, outros novos locais de residência própria ou da família. O que importa é o quanto o profissional está equilibrado e livre de conflitos e possa assim se apresentar com sucesso para o novo desafio.
Conflitos são gerados principalmente pelas dúvidas em relação ao novo e o medo de abrir mão daquilo que já se conhece e, portanto sabe como lidar, ou por algo que talvez não obtenha sucesso.
O novo sempre causa desconforto e insegurança. É o receio de perder o que já se conquistou, o status adquirido e outras fontes de segurança física e emocional, tão “humano” e presente em cada um de nós. A teoria da “Pirâmide das Necessidades” de Maslow, expõe o quanto isso é essencial, constituindo as necessidades básicas de toda pessoa.
Mas, vez ou outra, a vida pede, insiste e ordena mudanças.
Então se há oportunidade de expandir e crescer, ou se por necessidade externa de se reestruturar no mercado de trabalho, o melhor é fazer com “paixão e visão”, ou seja, com equilíbrio entre o emocional e o racional.
Informações do mercado econômico, das possíveis organizações, das competências atuais e as que deverão ser desenvolvidas, de uma nova postura a ser adquirida e o que realmente faz sentido para realizações e satisfação pessoal, (missão, visão e valores), são pontos importantes a serem analisados e alinhados para a tomada de decisões.
Assim deve ser a preparação para os novos desafios. Eliminar conflitos, ansiedades, medos e inseguranças, olhando para o futuro como mais uma experiência a ser vivida e mais conquistas a serem adquiridas.
E a postura de segurança e confiança pode alterar o resultado na busca pela nova carreira de trabalho.
Eline Rasera é psicóloga, coach e professora do curso de Pós-graduação em Administração de Empresas da IBE-FGV.