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Investigações patrimoniais da Leme somam mais de 10 terabytes em dados

Com uso da automação e inteligência artificial, serviço especializado produz quantidade de informações equivalente, por exemplo, a 2,5 mil filmes de plataformas de streaming, ou 65 milhões de páginas de documentos.

Autor: Jaíne MachadoFonte: Engenharia da Comunicação

O uso da robotização e da inteligência artificial (IA) em investigações patrimoniais realizadas pela Leme Inteligência Forense – legaltech do Paraná especializada nesse serviço – levam a resultados quantitativos que dão a dimensão do quanto as soluções tecnológicas representam em ganho de escala de trabalho. Segundo a empresa, com o serviço já são mais de 10 terabytes em dados gerados.

Para se ter uma ideia, esse volume corresponde a 2,5 mil filmes de plataformas de streaming, ou 5 mil horas de vídeo em alta definição (HD). Em papéis, equivale a 65 milhões de páginas de documentos. Ou, ainda, um material que, se fosse físico, demandaria 13 mil armários para ser guardado. O comparativo se baseia na escala de equivalência, para cada terabyte, elaborada pela Dropbox, plataforma de armazenamento em nuvem. A escala indica que cada terabyte é igual a 250 mil fotos com câmera 12MP, 250 filmes ou 500 horas de vídeo em HD, e 6,5 milhões de páginas de documentos, guardados em 1,3 mil armários.

Conforme ressalta o diretor de tecnologia da informação (TI) da Leme, João Paulo Marques, os números mostram que não se trata da automação e inteligência artificial substituírem o trabalho humano. Afinal, tem-se uma escala de produção humanamente impossível de ser alcançada. Logo, o que se tem é a possibilidade de oferecer ao mercado soluções e produtos inovadores, em que a inteligência humana intervém em fases estratégicas.

“Desenvolvemos softwares próprios, em que se cruzam informações de múltiplos bancos de dados, por diversas ferramentas. Por exemplo, o cruzamento de dados públicos, da Receita Federal, identificando proprietários e sócios de uma empresa, a estrutura dessa organização, de modo a localizarmos grupos econômicos, ou outras empresas que tenham relação”, cita Marques, explicando como se dá o processamento automatizado de investigação patrimonial.

Tem-se, assim, não apenas uma quantidade e diversidade de informações; o salto está na precisão delas. “É uma ‘varredura’ em bancos de dados públicos, de modo a localizar indícios de patrimônio, o que gera uma informação de valor, qualificada”, sublinha o gestor da Leme. Com esse diagnóstico, a empresa que contrata o serviço de investigação patrimonial pode obter os subsídios necessários para recuperar as dívidas – inclusive, para providências judiciais.

Outros serviços correlatos oferecidos pela legaltech também demonstram o ganho de produtividade e eficiência proporcionado pela automação e inteligência artificial. Integrada a 12 mil cartórios em todo o País, a Central das Certidões da Leme viabiliza pedido e entrega dos mais variados tipos de documentos. “A plataforma entrega não só um documento em PDF. O documento pode inclusive ser entregue classificado”, pontua Marques.

Logo, busca veicular e até serviço de verificação de óbito estão entre os mais demandados na Plataforma de Busca de Ativos da Leme. O diretor de TI menciona a prestação desse serviço feito à uma das maiores empresas brasileiras. “Por mês, fazemos até 26 mil verificações de óbito, informação necessária para a empresa na sua política de pagamento de pensões e outros auxílios.”

Com uma equipe, na área de soluções em TI, constituída por 15 pessoas, o setor de inovação tecnológica da legaltech recebe investimentos que correspondem a 30% do faturamento anual da empresa, o qual vem registrando crescimentos significativos a cada ano. “Não é só investir em software: é investir em pessoal, com qualificação, treinamento”, salienta Marques.

MAIS INFORMAÇÕES

  • Sobre a Leme Inteligência Forense: https://lemeforense.com.br/.