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Indústria reduz de novo intenção de contratar
Indicador da FGV está no menor nível desde junho de 2009
A disposição da indústria em contratar mais trabalhadores diminuiu pelo oitavo mês seguido em outubro, de acordo com a Sondagem da Indústria, divulgada ontem pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Com isso, o índice que mede o ânimo dos empresários em contratar chegou ao menor nível desde junho de 2009, quando o país sofria com a crise econômica internacional. Apesar das seguidas quedas, o emprego previsto pelo indicador da FGV ainda está positivo, o que indica mais empresas dispostas a contratar do que a demitir.
Cinco dos 14 setores pesquisados pela FGV apontaram intenção de demitir: vestuário e calçados, metalúrgica, celulose e papelão, química e farmacêuticos. De acordo com Aloisio Campelo, coordenador de sondagens da FGV, o dado negativo aponta um processo de ajuste nesses setores, que estavam muito estocados, ao menor ritmo de atividade na economia.
- O indicador de emprego vem piorando desde março, mas dessa vez apresentou uma queda menor em relação ao mês anterior. A boa notícia é que alguns setores pararam de demitir - diz.
Cinco setores estão com estoques excessivos
Já o indicador que mede os estoques da indústria mostrou-se excessivo também em cinco setores em outubro: minerais não metálicos, celulose, farmacêuticos, mobiliário e na categoria outros (cigarros, chapas de madeira etc.).
- Neste mês, um número menor de setores apresentou estoques altos. Os grupos que estavam com os indicadores piores melhoraram o desempenho, embora ainda estejam com excesso de produtos. Isso indica que já está em curso um processo de ajuste na indústria - afirma Campelo.
Os ajustes nos estoques e no emprego apontam que o Natal deste ano deve ser mais fraco que o do 2010, diz Campelo.